segunda-feira, 30 de março de 2009

Eu sei que vocês vão dizer que é tudo mentira


Setembro passado, estávamos bebendo todas no bar do Gomes em Santa Tereza. Na mesa estavam Patrícia Selonk, Paulo de Moraes e eu literalmente engolindo a noite de tanto falar. Eis se não quando mencionei o caso de um dos mais importantes registos da ufologia brasileira: esta foto ai em cima, tirada em Londrina pelo fotógrafo Mario Mori, de um objeto voador não identificado que sobrevoava as imediações do Jardim Tókio na década de 80. Supreso com a minha defesa veemente (e etílica) da veracidade dessa singular aparição, Paulo de Moraes comentou jocosamente, com olhar ironicamente inquiridor:
-Maurício, eu fico admirado com a sua credulidade...
Nada alegarei em minha defesa, apenas digo que entrevistei Mario Mori, que ele possui os negativos, e que é pessoa idônea. O que segue abaixo a matéria que fiz para a Folha Norte em 2007. Os fatos estão aí e que os visitantes deste blog insuspeito julguem por si próprios.
* * *
EU VI UM DISCO VOADOR!

Segundo o fotógrafo Mário Mori, eram 20h30min de uma noite do verão londrinense. 25 de janeiro de 1982. Céu limpo. Na varanda de sua residência situada na Rua Lindóia, Parque Alvorada, Região Oeste, Mário Mori descansava após o jantar. Quando de repente avistou um objeto voador. Diz que ficou assustado com o que viu. Passados duas décadas e meia, a emoção já está controlada, mas, mesmo assim, seu relato ainda permanece surpreendente:

“– O objeto voador irradiava uma luz forte. Elas variavam entre a cor rósea, prata, laranja. A forma era de dois pratos sobrepostos. Ele girava sobre si mesmo. Tinha uns 15 a 20 metros de comprimento. Era um objeto grande. Do tamanho de um avião. Flutuava entre o Campus da UEL e o Jardim Tókio. Estava em cima do Tókio. O objeto estava próximo. Seu movimento era visível. Já vi meteoros, dos grandes. Não era a mesma coisa. Peguei minha máquina com objetiva e tirei três fotos. A primeira é a que ficou conhecida; a segunda saiu tremida; e a terceira... Bem. A terceira eu foquei o objeto no visor da máquina e disparei. Quando revelei o filme, na foto aparecem as luzes da UEL, das casas na baixada do Tókio, mas, estranhamente, o objeto não aparece na foto... Mas eu vi quando ele desapareceu. Ele desapareceu depois, num ponto de luz.”

Patrulha extraterrestre?

O curioso é que Mário Mori registrou o objeto às 20h30min, e, às 22h55min, o falecido sr. Otávio Alves Costa avistou, da Rua Souza Naves, um objeto voando em linha reta na direção Cambé-Londrina. O objeto estava próximo e a baixa altitude, pois o aposentado disse ter pensando primeiramente de que se tratasse de um avião a jato, tanto que se espantou que o objeto não produzisse qualquer som. Horas mais tarde, mais três pessoas trafegando pela antiga estrada Rolândia-Londrina, também avistaram um objeto. Com tantos relatos e um prova fotográfica, fica a grande pergunta: na noite de 25 de janeiro de 1982, Londrina foi visitada por um mesmo objeto voador ou por três diferentes naves?

Repercussão do fato

A foto de Mário Mori passou por uma investigação minuciosa de experientes fotógrafos do Foto Clube de Londrina. Além da análise dos negativos, Mori respondeu a uma longa sabatina. Não havia dúvida. Era real. E aquilo que parecia ser somente uma notícia local de repente ganhava destaque nacional. A revista Veja de 17/02/82 publica a foto do OVNI de Londrina; a “Super interessante” n. 1 de 1988, também discutiria o caso; e a Revista UFO n. 68 de novembro de 1999, relembraria a foto, considerada uma dos mais nítidos registros de aparição de OVNI no Brasil.

O impacto da visão

E como fica a pessoa que vê um objeto desses? Sem meias palavras, falando com segurança e maturidade, Mário Mori não esconde que na hora ficou bem assustado. O fotógrafo conta que sentiu forte emoção por estar diante de algo inexplicável, mas incrivelmente concreto. Para ele a visão do OVNI foi um impacto: “– Fiquei muito impressionado. É realmente uma experiência que mexe com a cabeça da gente.” Depois de testemunhar a aparição, Mori começou até a ler mais sobre ufologia. Porém, com o passar do tempo, o impacto foi esmaecendo. Hoje ele encara tudo com naturalidade, reportando racionalmente os fatos: “– Eu vi um objeto voador. E fotografei. Não dá para negar.”, argumenta.

O tempo é relativo ao observador

Mário Mori conclui que há muito tempo não se vêem mais aparições de OVNI em Londrina. A última em nossa região ocorreu em 2003. As câmeras do pedágio de Jataizinho flagraram uma nave na clássica forma de hidra pairando nos céus. Mas o tempo é relativo. Para terráqueos ou extraterrestres. Para nós pode parecer que eles visitaram Londrina há 25 anos; enquanto que, para eles, isso poder ter acontecido a apenas 2,5 segundos atrás.

4 Comentários:

Às 11 de abril de 2009 às 18:59 , Blogger tete bezerra disse...

eu adoro o bar do gomes,ir ao rio e não tomar umas no bar do gomes e como não ter ido ao rio,esse bar é tão especial que até a localização dele é privilegiada por ser em santa teresa.

 
Às 12 de abril de 2009 às 11:01 , Blogger Maurício Arruda Mendonça disse...

O Bar do Gomes é mais do que um bar, é um portal do tempo. Abraços!

 
Às 28 de abril de 2009 às 11:43 , Anonymous Anônimo disse...

A Ufologia é como um epígrafo, sempre haverá mistérios de onde acontece. Parabenizo a bela matéria que faz endossar a veracidade do fato, muitos certamente torcerão o nariz perante a credibilidade, porém já se passaram mais de duas décadas e meia e nada foi comprovado pelo sim ou pelo não. Se foi forjado o autor pode ser um "mestre" na arte da fotografia, prefiro acreditar que não somos os únicos nessa imensidão do universo.

 
Às 28 de abril de 2009 às 12:31 , Blogger Maurício Arruda Mendonça disse...

Com sempre fiz e faço questão de frisar, confio plenamente na idoneidade do fotógrafo. Também prefiro crer que não estejamos sós. Grande abraço e obrigado, Mario Mori!

 

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