quarta-feira, 19 de maio de 2010

A JANELA DO ESCRITORIO


ETERNAMENTE PRESENTE


despertar na manhã de maio


e ver as janelas úmidas de frio


sereno do jardim da casa


uma nesga de azul se insinua


no mosaico gelado da vidraça


as palavras não vingam no papel


e o menino pergunta angustiado:


"o que vai ser de mim depois da morte?"


não quer saber de habitar nenhum céu


"isso seria horrível", responde.


E da distância de nosso parco entendimento


dizemos a ele que se acalme


pois ele há estar feliz pra sempre


junto de lugares e pessoas


que mais ame nessa vida


0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial