LUZ DA MANHÃ
Luz da manhã do inverno carioca. O pavilhão nacional estendido na janela. Antes do jogo Brasil X Portugal, buzinas, cantorias, clima de expectativa. Aquele excitação pré-jogo da seleção que, a cada dia, se arrefece diante desse futebol apresentado pelo time de Dom Dunga. Tenho conversado com muita gente por aí. De difernetes lugares até porque estou em hotel. Ningém curte o selecionado, e deixa em segundo plano o humor e a briga dele com a Globo. A bronca mesmo é pela carência de criatividade. Temos aí um grupo fechado de jogadores e seu técnico, mas nada de brilhantismo, de esquema ofensivo inteligente, apenas "contra-ataques" que era justamente a grande arma dos times europeus do século passado e seus jogadores de "cintura dura", como se costuma dizer. Hoje não existe mais isso. Todo mundo joga bola. Dizem que com esse esquema podemos até "chegar lá". É a opinião de quem lembra da lição de 1994, uma seleção que tinha de jogar daquele jeito por causa do trauma inesquecível de 1982 (a última seleção que praticava o futebol arte). Mas, por outro lado, não há motivos para compararmos com 1994 com 2010, pois lá o Parreira tinha Bebeto, Branco e o sublime Romário, que fez golaços antológicos como aquele gol contra a Holanda, em que praticamente voou, parou no ar, após deixar um atlético neederlandês no chinelo. Pelo que vi hoje contra Portugal, não creio que iremos abiscoitar o caneco. Se pelo menos a gente jogasse um futebol bonito, talvez eu sentisse algum prazer de ver a selção. Mas está difícil...
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