ARMAZÉM RECEBE NOVO PRÊMIO EM EDIMBURGO
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Cena de "O dia em que Sam Morreu" |
O DIA EM QUE SAM MORREU [The Day Sam Died] ganhou nesta sexta, 15/08 o FRINGE FIRST AWARD, um dos principais prêmios do Festival de Edimburgo oferecido há 41 anos pelo jornal The Scotsman. Em 2013, o Armazém tinha ganhado o mesmo prêmio por "A Marca da Água" [Water Stain].
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Crítica no jornal The Scotsman (o maior da Escócia), sobre o DIA EM QUE SAM MORREU:
FRINGE FIRST AWARD WINNER - THE DAY SAM DIED
por Joyce McMillan
"Se o futuro da
saúde - como serviço público ou negócio privado - é uma das
questões-chave de todas as democracias modernas, então o mais
recente e brilhante espetáculo da Armazém Companhia de Teatro é a
peça que pega o drama hospitalar pela nuca e o transforma num teatro
furioso, lindo e surreal que trata da luta global entre o extremo
capitalismo neoliberal e visões mais democráticas e comunitárias
da sociedade.
No centro da peça -
co-escrita por Maurício Arruda Mendonça e pelo diretor Paulo de
Moraes - está a figura do cirurgião-chefe, um brucutu altamente
qualificado e viciado em drogas, que trata seus pacientes com
desprezo e acha natural que o melhor serviço de saúde seja
controlado pelos ricos.
Sua vida dá uma guinada
complexa, porém, no dia em que ele encontra três pessoas diferentes
chamadas Sam, numa série de situações repetidas. Uma delas é o
enfermeiro auxiliar de cirurgia, que tem um acesso de fúria e saca
uma arma no saguão do hospital, enquanto fala sobre como um hospital
devia ser justo e compassivo. Outra é a juíza de direito chamada
Samantha, que precisa de uma cirurgia pra salvar sua vida, mas
questiona a moralidade de furar a fila de tratamento. E a outra
pessoa é Samir, um ex-palhaço que agora sofre de demência, depois
de uma vida inteira divertindo as crianças.
Durante 80 minutos
intensos e belos, pontuados por um entrondoso rock ao vivo, a
produção de Paulo de Moraes nos guia através do mundo onírico
dessas três situações, numa torrente de luz inconstante e de fúria
e quietude em alternância. E no centro do espetáculo há uma série
de atuações excelentes de alguns dos melhores atores do Brasil,
incluindo Patrícia Selonk como Samantha e Otto Jr. como o
cirurgião-chefe."
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