MARADONAZO!
Ele perdeu. E perdeu feio. Estava no comando da poderosa seleção Argentina e levou uma goleada histórica, uma tremenda lavada dos alemães, com toda a justiça e mérito. A jovem Alemanha onde craques arianos e negros vibram juntos, que jogam sob o comando de um técnico de origem judaica e, de carreira futebolística discreta e, segundo consta, homossexual sem problemas. Sim. Foi um maradonazo. Porém, Maradona caiu de pé. Dunga, o técnico machão da sempre esfuziante seleção brasileira, mal ouviu o apito final contra a Holanda, levantou-se e dirigiu-se apressadamente para o vestiário, emputecido e ensimesmado diante da eliminação por 2 a 1. Diego não. Diego Armando Maradona não. Os quatro humilhantes gols não foram suficientes para derrotá-lo. Ele esperou seus jogadores na beira do gramado. Abraçou um a um dizendo palavras de conforto e incentivo. Num extremo, não tolerou insultos e quis sair sozinho na porrada com ridículos torcedores alemães que não sabem respeitar um verdadeiro deus da bola. Na cena, tragicômica por sinal, Maradona é contido pela doce mão de sua linda filha Dalma.
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