PEQUENA IMORTALIDADE
"Pequena Imortalidade" - Infografia de Claudio da Costa |
uma fração de segundo
um átimo oculto
na duração do olho que pisca
diante do espelho
a incomensurável leveza
de viver quando o ponteiro tic
e a passagem tac
pronto
somos outros
diferentes de nós
mais do que éramos
ou menos que erráramos
pelos descaminhos ríspidos
da estrada candente
lá vamos enfim
dure o que durar
sobre o que sobrar
haveremos de perdurar
nos sonhos relembrados da manhã
4 Comentários:
Lindo poema! Mauricio, adorei os "Londrinenses"...Gostaria muito de ler seus livros de poesias. Perdoe-me a indiscrição, mas por acaso vossa senhoria não tem algum por aí? Caso contrário, sabe onde eu possa encontrar?
abraço.
abre
fecha os olhos
e quando
de novo
olhares
toca o tempo
em cada átimo
instantes
são colares
adorno
dos atos
"Abaixo os ponteiros", poeta!
(mas...como?)
abraços, Mauríciooo!
Maurício querido...
Muito feliz de ler seus versos, ainda mais feliz de ver o sucesso que o Armazém e vossa bela dramaturgia vem fazendo em sampa (com todos os méritos), e radiante de saber que estás dirigindo o "Medusa" com elenco londrinense e supervisão do Paulão, com temporadas em sampa!
Lindo, cumpadi, lindo...
Saudades de vocês, irmão.
Te passei um mail há pouco tempo, mas a mensagem voltou com aviso de "mail delivery sistem". Você mudou de mail? Se sim, me passa o novo quando puder.
Beijos em você, na família linda, e que Deus abençoe vosso trabalho, querido.
Abraços
Garib
Obrigado, Adriano!
o teatro passou a existir na minha vida depois de estar com você em "Gota d'água" dirigida pelo grande Teodoro, e de tantas conversas com você, esporádicas mas intensas, em pontos de ônibus ou cruzando ao acaso pelas ruas de Londrina, te ouvindo falar com paixão e talento sobre essa arte dadivosa e,principalmente durante todo o processo do "Iluminuras", no qual você foi um performer exemplar em busca do poeta Arthur Rimbaud. Quantas noites de aprendizado contigo lá na sala dos espelhos do último andar do Edificio Julio Fuganti! Inesquecivel mesmo.
Aliás, que você deveria remontar o seu Rimbaud.
Beijos e muito obrigado por tuas doces palavras, amigo!
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