PROCÓPIO FERREIRA CHOROU HÁ 50 ANOS
O Rapto das Cebolinhas
Procópio no camarim do teatrinho do GPT
Após o telefonema de Roberto Koln fiquei pensando quantas histórias bonitas aconteceram na vida artítica do GPT. Isso me fez lembrar o que Koln me relatou sobre a passagem de Procópio Ferreira por Londrina. Isso aconteceu em abril de 1959. Fiz as contas e vi que estamos no mês em que se completam 50 anos da vinda desse grande ator brasileiro. Na foto tirada por Augusto Galante, vemos procópio se maqueando no camarim do teatrinho da Rua Goiás, sede do GPT. Dá para ver a rusticidade das "mata-juntas", mas também um certo cuidado com detalhes como espelhos e lâmpadas. E, também, o cigarrinho de Procópio pronto para mais uma tragada. O rapaz ao fundo é o advogado Edgard Pietraroia. A cesta de flores também ao fundo é adereço da peça "Pigmaleão" que estava sendo dirigida por Haydée Bittencourt. Bem, mas vamos ao que interessa. Roberto Koln relatou assim o seu encontro com o monstro sagrado do teatro brasileiro que estava em Londrina para apresentar-se:
“Na época em que o GPT estava apresentando o “O Rapto das Cebolinhas”, foi que me aparece um dia Procópio Ferreira. Ouviu falar que havia um teatrinho muito bonito em Londrina, e que havia um grupo de teatro fazendo um trabalho sério. Eu disse: “Por favor”, tapete vermelho, Procópio Ferreira! Ele ia fazer só um fim de semana o monólogo “Esta Noite Choveu Prata”, do Pedro Bloch, em que ele fazia os três personagens. Conclusão: ficou quinze dias com casas lotadas. Ficou morando em Londrina por quinze dias e se apresentou no nosso palco do GPT na Rua Goiás. Eu levei o Procópio até lá pra conhecer, e levei mais alguém comigo. Não tinha refletor oculto por bambolina. A operação da luz era na chave direta. Sei que eu estou ao lado do Procópio Ferreira, e alguém vai acendendo as luzes, e foi-se iluminando o cenário de “O Rapto das Cebolinhas” que estava lá montado: a árvore iluminada por trás, a cerquinha toda iluminada por trás, e as luzes foram acendendo, e, quando eu olho, o Procópio Ferreira estava chorando... É! O cenário era do Hans Müther."
O Grupo Permanente de Teatro em cena da peça "O Rapto das Cebolinhas" de Maria Clara Machado. A direção foi de Roberto Koln. O ano era 1959. Londrina completava o seu Jubileu de Prata. A foto é de Augusto Galante. No elenco estavam Marcos Colli, Maria Nívea Magalhães, Maria Aparecida Scucuglia, Pedro Scucuglia, J. Oliveira, Fernando Pimenta da Cunha, Paulo Correia de Oliveira, Sebastião Felismino da Silva, Antonio Carlos de Souza. Visando formar público Roberto Koln montava texto da mais importante dramaturga infantil brasileira.
Procópio no camarim do teatrinho do GPT
Após o telefonema de Roberto Koln fiquei pensando quantas histórias bonitas aconteceram na vida artítica do GPT. Isso me fez lembrar o que Koln me relatou sobre a passagem de Procópio Ferreira por Londrina. Isso aconteceu em abril de 1959. Fiz as contas e vi que estamos no mês em que se completam 50 anos da vinda desse grande ator brasileiro. Na foto tirada por Augusto Galante, vemos procópio se maqueando no camarim do teatrinho da Rua Goiás, sede do GPT. Dá para ver a rusticidade das "mata-juntas", mas também um certo cuidado com detalhes como espelhos e lâmpadas. E, também, o cigarrinho de Procópio pronto para mais uma tragada. O rapaz ao fundo é o advogado Edgard Pietraroia. A cesta de flores também ao fundo é adereço da peça "Pigmaleão" que estava sendo dirigida por Haydée Bittencourt. Bem, mas vamos ao que interessa. Roberto Koln relatou assim o seu encontro com o monstro sagrado do teatro brasileiro que estava em Londrina para apresentar-se:
“Na época em que o GPT estava apresentando o “O Rapto das Cebolinhas”, foi que me aparece um dia Procópio Ferreira. Ouviu falar que havia um teatrinho muito bonito em Londrina, e que havia um grupo de teatro fazendo um trabalho sério. Eu disse: “Por favor”, tapete vermelho, Procópio Ferreira! Ele ia fazer só um fim de semana o monólogo “Esta Noite Choveu Prata”, do Pedro Bloch, em que ele fazia os três personagens. Conclusão: ficou quinze dias com casas lotadas. Ficou morando em Londrina por quinze dias e se apresentou no nosso palco do GPT na Rua Goiás. Eu levei o Procópio até lá pra conhecer, e levei mais alguém comigo. Não tinha refletor oculto por bambolina. A operação da luz era na chave direta. Sei que eu estou ao lado do Procópio Ferreira, e alguém vai acendendo as luzes, e foi-se iluminando o cenário de “O Rapto das Cebolinhas” que estava lá montado: a árvore iluminada por trás, a cerquinha toda iluminada por trás, e as luzes foram acendendo, e, quando eu olho, o Procópio Ferreira estava chorando... É! O cenário era do Hans Müther."
5 Comentários:
Caro Mauricio, amei essa foto e vou usa-la com os devidos créditos na minha coluna do Terra Magazine e vou imprimi-la e entregar a Bibi.
Depois te envio o link para que você leia meu artigo.
Um abraço e parabéns pelo blog...
Deolinda
Pode usá-la, Deolinda! Esta foto de Procópio foi tirada na cidade de Londrina. Foi a primeira vez que ele esteva na cidade e realmente se emocionou com o GPT. Quem me contou a história e cedeu a foto foi Roberto Koln que continua firme e forte em Sâo Paulo. Abraço. Maurício
Este comentário foi removido pelo autor.
Caro Mauricio, só uma correçao. A foto é de Pluft, o Fantasminha. Eu, Ruy Fernando Barboza, sou na foto o segundo da esquerda para a direita, fazendo o marinheiro Sebastião. Pedrinho Scucuglia era Pluft e a Cidinha Scucuglia a mãe fantasma. No teu livro sobre o GPT está correta a legenda. Procópio assistiu ao Rapto das Cebolinhas, mas a foto acima é do Pluft, de cuja direçao participou a maravilhosa Haidée Bittencourt, trazida pelo Robertinho Koln. abraçao, ruy
Beleza, Ruy! Muito obrigado pela correção. Grande abraço!
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