PAULÃO ROCK' N' ROLL
O londrinense Paulo César Troiano é uma verdadeira lenda vida. Um genuíno rock-heroe. Ícone absoluto, ele é mais conhecido pelo nome de Paulão Rock’n’Roll. Paulão é, sem dúvida, um dos maiores conhecedores de rock do país, e figura única no universo radiofônico brasileiro. Entre as suas façanhas está a organização do show “Colher de Chá”, em Cambé, o Woodstock norte-paranaense que contou com uma apresentação dos Mutantes. Seu antológico programa de rádio “Azylo Hotel” ficou 20 anos no ar tocando rock, metal e blues, temperados com sua locução e estilo veloz e envolvente. Desde janeiro ele está de volta com seu “Azylo Hotel” desta vez na internet pela Rádio Sercomtel. Em 2006 encarei o monstro-sagrado do rock e realizei um entrevista informal. Foi uma conversa agradável na qual ele ainda teve a gentileza de me pagar um Irish Coffee. Publico agora em caráter inédito os melhores momentos desse papo memorável. Som na caixa!
PAULÃO ROCK’N’ROLL: Rádio é uma magia. No rádio você só ouve uma voz e essa voz te faz criar um personagem. Eu tive muito problema com esse negócio de voz. Na cidade de Cornélio Procópio, tinha uma menina de 16 anos. Ela ia no orelhão e ligava pra mim, à meia noite. Ela chorava, que ela queria me ver, queria namorar, falei: “Ó, gata, não dá, meu! Eu tenho cinqüenta anos, sabe? Cê tá ouvindo a voz dum cara que parece um jovem, mas num sou.” Mas ela não acreditava. Pra ela o Paulão Rock’n’Roll tinha vinte e quatro anos. Ela tinha dezesseis. Por que não namorar? Isso chegou num ponto que o pai dela chegou pra mim e ligou: “Meu, tô aqui com a minha filha, eu venho toda sexta-feira aqui no telefone, pra cuidar dela, porque isso aqui é uma pracinha perigosa, pra ela ligar pra você, e você desfaz dela só porque ela é sardenta?” Eu falei: “Meu amigo! Quantos anos cê tem?” “Eu tenho quarenta”. Eu falei: “Meu, eu tenho cinqüenta! Eu sou mais velho que você! Como cê acha que eu posso namorar a sua filha? Cê dá direito de eu namorar?” “Não, mas você tá enganando minha filha, cê tem uns vinte, vinte e quatro anos!” Eu falei: “Meu, cê tá ouvindo a voz dum cara a jato, um cara jet flash, mas ele tem cinqüenta anos”, a carne, o osso (Risos). Então, esse são problemas que eu já sofri com o Azylo Hotel, o meu programa. Muita gente já ligou de motel, já ligou de casa mesmo, dizendo: “cara, você é demais, deve ser um garanhão, moreno, um metro e oitenta.” A rádio faz com que você crie o personagem que você quer. A voz é demais!
Gênese radiofônica
Quando eu comecei em 1982, eu não sabia nem falar. Eu escrevia. Quando eu ia falar não saía nada. Dá um branco, cara. A “latinha” [o microfone] dá um branco pra quem é iniciante que é chocante, sabe? Então eu dava pros caras ler, outros Disc Jockey do momento. Só que os caras diziam: “Não dá, quem fala desse jeito é você.” Aí eu tive de aprender a ser o Paulão Rock’n’Roll. Eu inventei frases como: “Ei vocês? Ficam aí ou vem com a gente?” É diferente daquele “vem comigo” da TV. “Fica-aí ou vem-com-a-gente? Vamo nessa!” — Essa linguagem é do Paulão. É uma gíria localizada, datada, só que quem botou isso em prática foi o Paulão Rock’n’Roll. E eu falava isso na rádio, os caras gamavam, achavam isso demais. “Fica-aí ou vem-com-a-gente?”. Demais. Isso foi em 1984, na Paiquerê FM. Eu era tão forte que eu tinha um estúdio móvel, ia pra Av. Higienópolis, botava um palco na Rua Goiás, botava o estúdio móvel do lado e distribuía prêmios.
Metranca verbal
Daí, cara, na Paiquerê FM eu comecei a pegar velocidade no papo, texto. Então ficou uma velocidade, que eu tenho fita pra te mostrar que nem eu entendo o que tá falando lá, tão veloz que tá o texto, sabe cara? Você pega uma agilidade. É muito bom isso. Eu gosto. Rádio é um clima tão gostoso, é uma magia tão gostosa, mas o Paulão precisa ser ao vivo. Gravado não dá. “E, com vocês, agora, Chubby Checker, com a música, “Twist, and, Shout.” Isso não dá velocidade. Agora: “Rapaziada pega aí ó, acabou de chegar pra mim, Red Hot Chilli Pappaaaa!!!” O “pappaaaa” é meu, cara. É Chilli Pepper. Mas o que interessa chilli pepper, chilli pappa, sabe cara? Eu faço uma gozação com esse nome. Eu faço trocadilho em cima. As músicas do Zappa... Tinha uma professora de inglês de Bela Vista do Paraíso que ela falava assim: “Adoro o programa do Paulão porque ele troca todos os verbos de inglês, ele não fala nada certo!” Aí eu falei, essa frase é do Zappa, mas a tradução livre é minha, e a minha não é tradução do Zappa. Tem uma música do Zappa que chama “Why I don’t hurt when I piss?” — “Porque eu não sofro quando eu mijo?” Eu troquei e fiz “Porque não sofres quando eu ponho tudo?” É a mesma senóide.
Rock - contato de primeiro grau
O meu pai era gerente de cinemas da empresa Caminhoto, a gente começou a ver o Elvis Presley... A Cely Campello, esses caras tinham show dentro de cinema. Quando não cabia no auditório da Rádio Londrina, que era único lugar que tinha shows ao vivo, tinha programas de rádio ao vivo, então a gente ia pra lá. Tinha também o Célio Alves de Lima, que passava pra nós uma informação muito pequena, mas já era alguma coisa. Pra nós duas músicas por mês de Rock’n’Roll já era uma informação monstruosa, sabe? Intoxicante. Hoje são quarenta músicas diárias que eu recebo, sabe cara? Lógico que naquela época, como hoje, pra você ganhar uma gatinha, tem que mostrar uma novidade. Nessa época, nessa idade, a melhor coisa era o Rock, e a gente foi pegando o Rock. Eu fiquei sabendo que naquela época, que o Cauby Peixoto foi um dos primeiros caras que foi buscar Rock lá nos Estados Unidos. Ele foi embora do Brasil, suicidar, fazer alguma coisa, porque descobriram quem ele era... Chegou lá ele viu o Elvis nascendo em 56, e ele trouxe o Rock pra cá. Eu tenho essa gravação em disco, e é o Mr. F quem fala isso. O Mr. F é um cara que, no Brasil, em Internet, que conta a história do Rock, tá? Então você ouve rock lá que nem eu sabia que existia.
Arnaldo Batista & The Beatles
Eu nunca saí do país, cara. Eu nunca estive em Woodstock. Mas eu fui considerado o quarto dia do Woodstock, que foram três... (Risos) Eu e o Arnaldo [Batista] dos Mutantes, a gente até pensou em ir. Eu tive uma amizade singela com o Arnaldo, porque o Arnaldo naquela época era muito louco. Ele falava oi procê como falava oi pra mim. Nós éramos tão amigos dele quanto eu, você e o cara ali da esquina. Mas ele falou que ia de moto e eu arranjei um Camaro de uns americanos pra ir. Mas esses americanos deturpados ficaram, não foram. E o Arnaldo quase caiu na Cordilheira e ele voltou engessado. Mas nossa idéia era ir. Eu cruzei o Arnaldo em 68,69. Eu fui pra São Paulo num show de rock, uma porrada de americanos, uma porrada de banda boa que estavam chegando. E o Arnaldo tinha uma Kombi psicodélica, porque ele tinha essa informação, porque ele ia muito pra San Francisco, ele ia muito pra Londres, ele teve toda aquela informação que os Beatles tiveram. Porque os Beatles foram realmente a primeira banda, oficialmente, a transportar o valor do “retorno a si mesmo”, “retorno pra dentro de você”, procurando a espiritualidade. E isso só se deu na vida do ser humano do planeta terra, nos anos 67. Isso foi oficial. Lógico que o Donavan teve acesso a isso, lógico que uma pá de gente teve, Bob Dylan, esses caras foram tão na hora quanto os Beatles, mas os Beatles eram oficial, né cara? Eu tiro sarro na minha palestra “Papo de Rock 3”, porque os Beatles chegaram nos Estados Unidos em 64, e disseram: “Nós inventamos o Rock” e os americanos aplaudiram, e isso foi inventado como “Beatlemania”. Que rock que eles inventaram se o rock é americano?! (Risos) Ninguém nunca se tocou disso, né cara? O Rock vem do Rhythm & Blues, que vem do Blues, que vem do Gospel, e isso começa na minha cartilha em 1860 e eu venho contando a história do rock até 1970.
Estilo Paulão
Eu sempre procurei arrumar a minha dicção e o meu palavreado, a minha linguagem, porque ela já é torta, porque eu uso muita gíria, misturo muito o inglês com o português, então eu falo: “102.9 a radio city de Londrina!” Pra você sentir que é um cara diferente falando no rádio. Às vezes eu falava assim: “Ei, cara! Estou apagando um poste a um quilômetro de distância de mim! Sabe aquele poste que tá lá na Expressa? Eu apaguei! Ó – bip!” (Risos) “Vocês que ‘tão vindo me buscar de carona! Volte pra casa porque um de vocês aí dentro desse Chevette esqueceu o fogão aceso!” Quantas vezes voltaram e vieram falar pra mim, “Paulão!, a gente ia te pegar, mas voltamos pra ver o fogão e tava aceso mesmo! Vamos dar mais um tiro aqui e vamo te pegar. Fica aí, meu!” Às vezes eu ficava até as três da manhã esperando alguém ir me pegar na porta da rádio. “Ei você aí de Arapa, de Apuca, de Rola! Já fez a massagem na espinha (já gozou, né cara?) passa aqui e me dá uma carona, porque juntos nós vamos derrubar aquele poste que tá na Avenida JK!” Isso é a linguagem do Paulão dando um toque pros ouvintes de Arapongas, Apucarana, Rolândia.
Postes
Uma vez teve um cara. Esse cara chegou em casa e flagrou a mulher dele com um outro cara na cama. Ele era um cara educado e não bateu em ninguém, mas ele pegou a moto dele, e zum! “Vou pegar aquele poste que o Paulão falou.” E ele foi lá e trincou o poste! O poste, eu posso te falar qual que é. É aquele poste na curva da JK em frente da Igrejinha anglicana. Então eu falava desse poste: “Não derrube esse poste porque ele é meu. Eu que vou derrubar esse poste. Tô indo aí!” Pá!!!, de cabeça, vou derrubar esse poste! É uma loucura, não vai acontecer isso. Mas o cara trincou o poste! Pegou de moto, cara! Ficou um ano na UTI de cabeça rachada. Rachou o capacete, rachou tudo, acabou com a moto, e fudeu o poste. (Risos) Então acontecia muito disso. Às vezes tinha cara que falava assim: “Paulão, ‘güenta aí que eu tô indo te buscar com um carrão fora de série, é um caminhão, um 1113 novinho, sabe!” Novinho modo de falar, porque o pai do cara era dono de um ferro-velho. Esse maluco fez a curva da Av. Arthur Thomas e entrou na Rodovia, na hora que ele fez a curva, ele tinha esquecido de fechar a porta dele, a porta abriu e ele caiu fora do caminhão que foi bater lá num haras. Os vigias viram no meio da noite um caminhão fantasma, sem ninguém dirigindo. E o cara ficou caído dentro de uma canaleta de esgoto.
Porta-malas
Essa história é a mesma história do poste, é a mesma história de eu pedir carona pelo rádio. Às vezes eu pensava, “pô, eu pareço uma loira no cio”, porque eu pedia carona meu, e nem falava o nome da rua onde era rádio, ficava quatro, cinco carros esperando eu, sabe cara? Teve um carro uma vez, pintou uma menina: “Paulão, vim te buscar. Só que eu vou lá no banheiro.” Eu falei: “Então vai lá você no banheiro que eu te espero aqui no carro.” Isso se pode perguntar pro Callado ele tava lá também me esperando, tinha uma pá de gente de lá. Aí eu ouvi uma batida no carro “toc-toc”. Falei: “É você que tá batendo?”, a gente tava encostado no chevetinho – “toc-toc-toc”. “Eu não, meu!” “Então vamo vê o que é que é – Alô! Quem é que tá batendo, se apresente!” “Tô aqui dentro do porta-mala!” Eu tava com a chave que a menina me deu, abri, e tinha um japonesinho de óculos de fundo de garrafa. “Ô meu, ela foi mijar, deixa eu ir mijar também, eu tô com vontade...” Eu falei: “Eu não! Você vai mijar aí dentro meu!” e fechei o porta-mala. (Risos) Larguei a chave dentro do carro e me mandei com o Callado.
Carona
Tinha muito essas subliminares, e eu me divertia com isso, que a gente falava umas loucuras que dava certo, né cara? Era intuição eu acho. Sei lá o quê que era isso, entendeu? Um dia eu pedi carona, pedi carona, e ninguém veio, cara. Eu peguei e fui a pé. Eu fui embora da rádio umas quatro, cinco vezes a pé. Eu pegava a rodovia, entrava na Arthur Thomas inteirinha, vai lá fazer a Arthur Thomas a pé procê ver. É muito foda, cara! Uma reta e ladeiras, nunca vê o fim, cara. Um dia eu tô vindo a pé, cansei e parei num determinado lugar e fiquei sentado. Aí eu vi uma peruinha passar a 200 por hora. Parou e o cara disse: “Você que é o Paulão Rock’n’Roll? Vim te buscar!” Era o falecido dono do Bar Beco. Ele disse “Meu, eu trouxe uma garrafa de Ballantines pra você, tá todo mundo no bar querendo fazer uma festa pra você.” Fui lá meu, maior festa pra mim, gêmeas dançando em cima da mesa, sabe, uma coisa de louco. E isso tudo em Londrina, essa cidadezinha que cê acha que de dia é evangélica pra caralho, e de noite é uma Sodoma e Gomorra.
Hotel Erótico
Os papos no meu programa são os mais sensuais possíveis. Por exemplo, tinha gatas, a Cigana, por exemplo, falava que tava desse jeito, ela devia estar brincando, não é possível que ela tava daquele jeito, mas ela estava daquele jeito, sem sutiã, sem calcinha, com camisolinha, ajoelhada na cama com o telefonezinho ali... Quer dizer, ela criava uma cena, que isso é excitante. Aí eu passava alguma coisa disso no ar: “E a Cigana acabou de ligar pra mim, cara! Olha aí, ela disse que ela tá assim desse jeito: (malicioso) do jeito que cê pensou, cara! Vamo aí, com mais um Red Hot Chilli Pepaaa!!!” Eu inventava nomes: “A Senhora Battery, está lá em Arapongas!” Ou então: “E aí Portuguesa, se tá vindo de carro? O Bacalhau vai indo!” E eles se cruzaram, cê acredita? Eles tavam ouvindo o programa! O Bacalhau ligou: “Paulão, cadê a portuguesinha?” falei: “Pô, ela tá aí na estrada, tá vindo de Arapongas!” E os dois chegaram no estúdio com uma champanhe pra comemorar, subiram a escada inteirinha até o décimo andar, que o elevador tava sempre desligado pra não subir nenhum louco lá. Os dois conseguiram se cruzar na estrada porque tavam ouvindo o programa! Oscar, Grammy é o pouco, cara!
Metafísica do rock
Eu acho o seguinte: eu fiz um acordo com Deus, que meu, eu tenho uma vida dura, difícil. (Risos amarelos) Então Ele falou; “Paulão, vai lá embaixo, se diverte, não me aluga, não fica com esse negócio de ‘Pelo amor de Deus; ai, Deus me ajuda’, sabe, ‘Pai do céu’? Eu não peço isso. Nunca cê vai ouvir eu falar assim: “Pelo amor de Deus me tira dessa.” Mas me divirto. “Porque quando você subir, eu vou botar você de encontro com os caras que você fez errado, e os caras que erraram com você, tá. Você que decide, tá? Não vou cuidar de você, vou cuidar daqueles coitadinhos que tão pedindo ajuda lá. Você se vire com os caras que tão te devendo ou que você tá devendo pro cara. Acerta aí”. Então é assim o acordo entre eu e Cara lá.
Frank Zappa
Eu sou um cara que sou cria do Frank Zappa, que usa humor negro e uma inteligência, uma sátira que faz o cérebro rir e não o corpo. Uma piada inteligente, né cara? — “Tem muita coisa que é feia num ser humano. Uma delas pode ser sua mente.”
Informação musical
Pô, se o Zappa ouve Stravinsky, e o Zappa é o cara que eu curto, eu ouvir Stravinsky, né cara? Eu tive uma fase na minha vida, de 68 a 72, que eu ouvi muito música clássica. Eu trabalhava num cartório distrital, cartório de registro de imóveis, e o Fernando Busse tinha uma enciclopédia de música clássica. Lizt é um cara que eu ouvi demais, Stravinsky, Tchaikovsky, Wagner – nossa!, o cara tinha as óperas todas do Wagner, “Navio Fantasma”, tudo aquilo eu ouvi. Ele tinha os discos 78 rotações do Noel Rosa, eu fiquei chocado com essas coisas, viu cara? Quando eu ouvi isso eu parei de perder tempo com Rock’n’Roll e fui me administrar sobre isso aí. E vi que muito roqueiro traz o clássico pro Pop pra mostrar aquelas frases medonhas de lindas do clássico. Eu vi uma cena muito bonita agora com a Orquestra Sinfônica que teve no Ouro Verde, de graça. Tinha uma cantora lírica lá. Eu vi gente que levou os filhos pra ouvir isso. Então tinha uma criancinha de dois anos atrás de mim, brincando, falando o nhenhenhen dela, mas ela tava ouvindo aquela música. Tinha pessoas do meu lado, que ficavam reclamando: “Essa criança, né Paulão...” Eu falei: “Deixa ela, meu!” Ela tem dois anos, ela tá vivendo a vida dela, mas ela tá recebendo a informação. Quando ela tiver dez anos, ela vai encontrar essa informação de novo, ela vai melhorar a informação dela. Quando ela tiver vinte anos, ela sabe o que procurar, porque ela teve a informação com dois anos de idade. Isso pra mim é muito importante, sabe? Minha vida foi assim, cara. Eu tive informação. A minha mãe era uma pessoa que trazia os álbuns de Rock’n’Roll pra mim de São Paulo. Eu conheci “Ten Years After” através da minha mãe, cara. “Emerson, Lake & Palmer”, que era o “Nice”, antes do “Emerson, Lake & Palmer”, foi minha mãe que trouxe pra mim, cara.
Mó orgulho
Eu ouço quase que diariamente para administrar o volume de sonoridades que eu vou ter no dia, e no dia pode ser o barulho dessa caixa, que tá dentro da sonoridade que eu tô absorvendo hoje, música que eu tô ouvindo dentro de carro, Hip Hop que tá passando do meu lado, a sertaneja que tá passando do meu lado, isso tudo pode me incomodar bastante. (Risos) E pra eu não me incomodar, pra eu tolerar, eu ouço Zappa, Rock’n’Roll bastante, eu ouço muito “Greatfull Dead”, coisas que não estão na parada de sucesso e nunca foram bem resolvidos no Brasil. Por exemplo, eu fiz 30 horas de Frank Zappa pra UEL FM, eles botaram isso no ar durante dois anos, agora cortaram. Trinta horas no Brasil, não tem nenhuma FM que tem disponível trinta horas de Zappa no mundo. A BBC pode fazer um programa pegando CDs e pondo no ar na hora, mas gravado, prontinho, com sátira, com uma observação do Paulão Rock’n’Roll eles não tem. Porque o Paulão Rock’n’Roll é de Londrina, cara. Eu fico contente – isso que é a fama e não o sucesso – a fama é quando você ouve gente na rua falar: “Meu, eu aprendi a ouvir Zappa com você.” Eu tenho vários caras que vem falar isso pra mim.
9 Comentários:
Muito bom, Paulão Rock'n'Roll é história em pessoa... Vida longa ao Rock...
É isso aí, Homero! O Paulão é um cara que a cidade deve se orgulhar de saber que ele anda por aqui. Ele é uma lenda viva. Não é a toa que o sobrenome dele é rock'n'roll. Abraço.
Alguém sabe quem cantava aquela música de parabéns para os aniversariantes? Fala aí Paulão!
Lão idealizador e realizador do 1 festival ao ar livre da america do sul, eu tava lá ! Colher de chá, tinha JOELHO de PORCO, TONI OSSANA, MUTANTES E ATÉ O AINDA NÃO CONHECIDO hITTIE com seus longos cabelos loiros,ha! e o polêmico anjo segurando o penis , obra do Lão contestado pela igreja e motivo matéria da folha de londrina que precisou interferência politica para que o evento acontecesse.
vida longa ao brother LÃO.
Belo depoimento Chico. Legal porque se não a coisa acaba virando lenda urbana, né? Fica parecendo que é invencionice tamanha a ousadia da empreitada que foi o "Colher de Chá". É isso aí, vida longa ao grande Paulão! Obrigado e abraço.
Paulão vc animou todo o " universo rock jauense", agora vc precisa pra fazer um programa ao vivo via on-line (ou gravar e mandar em CD) pra ser transmitido nos autos falantes da praça da república (jardim onde vc deu palestra no sábado),falando do suas impressões da cidade de jau e detonando muito rock. que vc ac
Pedrão (eu sou aquele cara que deu o cd pra vc na estação do som no domingo, aquele que para o brad pit) apesar de vc achar que eu pareço com o cara do joelho de porco...rsrsrs
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João, melhor você dar um plá com o Paulão direto pelo blog AZYLO HOTEL cujo endereço é paulaorocknroll.blogspot.com
Abraço!
aí srs.PAULÃO, E MAURICIO A RADIO CIDADE ÉRA NO JARDIM NOVO BANDEIRANTES......CAMBÉ.. E O PAULÃO VINHA MESMO A PÉ!, EU MESMO FIQUEI DE DAR CARONA , E FUREI..MARCELO KID..PERUÍBE SP.
TENHO MUITAS FITAS K7 GRAVADAS DO PAULAO ROCK AND ROLL, EU FAZIA SEGUNDO GRAU NO MAXI COLEGIO MORAVA NUMA REPUBLICA, ISSO LA NOS ANOS DE 1989 DE LA MOREI 3 ANOS FORA DO PAIS, ME FORMEI MEDICINA NO RIO DE JANEIRO E HOJE MORO EM PATO BRANCO.... SAUDADES DO PAULAO: "AI SEU ORLANDO, NOS RAPTAMOS SUA FILHA, AGORA A GENTE QUER SABER QUAL O CACHE, QUAL O MICHE QUE VAI ROLAR.... ENTRA RASGANDO BODY COUNT, BODY COUNT IN THE HOUSE................
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